Questão de Fé

Uma diferença básica entre quem tem fé e quem não tem, é que quem tem possui mesmo sem ter e quem não tem, mesmo tendo, jamais possuirá. É a ponte que separa o negativo do positivo.

Segundo a Bíblia o povo de Israel andou quarenta anos no deserto em busca de Canaã; eles avistaram a terra prometida, mas jamais a possuíram, por causa de murmurações, de atitudes negativas.

Ansiedade, medo, inquietação e insegurança são sinais de falta de fé. Quem acredita e espera não desfalece.

É possível se sentir fragilizado e cansado. É até possível chorar nos momentos difíceis. Isso não é fraqueza, é perfeitamente humano, pois somos feitos de carne e emoções que, querendo ou não, mexem com a gente. Ninguém pode dizer que possui uma fé suficientemente forte pra nunca ter se sentido sozinho e fraco. O que é preciso evitar é que esses sentimentos fiquem tempo bastante para que criem raízes. Aí sim, temos um problema.

Mas uma pessoa que possui um mínimo de fé vai sempre erguer a cabeça, nunca vai desanimar. Ela sabe, de antemão, que aquilo é passageiro, pois há Alguém bem maior do que qualquer problema que pode nos atingir.

Não é por que perdemos uma batalha que perdemos a guerra; não é por que não chegamos em primeiro lugar que podemos deixar de chegar. Cada coisa no seu tempo. A questão é saber esperar, com confiança.

A fé remove montanhas? Remove sim. Montanhas de desespero; montanhas de noites mal dormidas e sonhos desfeitos; montanhas de rostos tristes e rios de lágrimas.

Só a fé pode trazer coisas construtivas para a nossa vida. É por isso mesmo que sem ela é impossível agradar a Deus, pois só Ele se agrada de pessoas que sabem e confiam que Ele nunca vai abandoná-las.

(Letícia Thompson)

A Infância Espiritual

"Jesus promete estar sempre ao nosso lado
se formos sempre como uma pequena criança"


Uma das características fundamentais da devoção da Divina Misericórdia é a confiança. Sempre que falamos de confiança, e procuramos um símbolo, algo a quem podemos associar esta palavra, nos lembramos da criança, da sua atitude de lançar-se sem medo nos braços dos pais. É a mesma atitude que Deus espera de cada um de nós se queremos que ele esteja sempre ao nosso lado.

Estarei sempre a teu lado se fores sempre como uma pequena criança e de nada tiveres medo, assim como fui aqui teu princípio, assim também serei teu fim. Não dependas das criaturas, ainda que seja na mínima coisa, porque isso não me agrada” (D. 294).

Jesus promete estar sempre ao nosso lado se formos sempre como uma pequena criança e de nada tivermos medo, pois, assim como Ele foi o princípio da nossa vida, ele também será seu fim. Para que fique bem claro, que não devemos colocar a nossa confiança e esperança nas coisas passageiras deste mundo, para que não venhamos nos decepcionar e desta forma acusar a Deus de nos ter abandonado, ele nos diz: “Não dependas das criaturas, ainda que seja na mínima coisa, porque isso não me agrada”. Não agrada a Jesus, que dependamos das criaturas, ainda que seja nas mínimas coisas. E ele conclui dizendo: “Quero ficar só Eu na tua alma”. (D.295)

Jesus nos conhece perfeitamente e sabe que as nossas relações humanas estão, muitas vezes, viciadas, ao ponto de, até dependermos emocionalmente das pessoas. Ele quer nos libertar disso, pois a nossa felicidade está somente em sermos totalmente de Deus. Por isso, Jesus está nos alertando que devemos ser como as crianças, despreocupadas e desapegadas em relação às pessoas. Se observarmos uma criança brincando, ela não quer saber de nada nem de ninguém a não ser de brincar. “A criança não se preocupa com o passado nem com o futuro, mas aproveita o momento presente” (D. 333). Elas nos ensinam concretamente a viver a palavra do evangelho: “A cada dia basta suas próprias preocupações”.

Devemos aprender esta realidade: só é nosso o momento presente. O passado não está nas nossas mãos e não podemos corrigir os erros que cometemos, pois resta-nos apenas colocar todo o nosso passado na Misericórdia de Deus. O futuro ainda não chegou. O futuro a Deus pertence. Devemos aproveitar o momento presente.

Quem vive no (e para o) momento presente vive com uma confiança absoluta de que Deus não nos deixa faltar nada, pois ele cuida de cada pequeno detalhe de nossa vida. Esta é a verdade que eu devo assumir na minha vida. Deus cuida de mim, da minha parte quer somente que nele confie. ''Causa-Me prazer, as almas que recorrem à Minha misericórdia. A estas almas concedo graças que excedem os seus pedidos''. (D. 1146)

Pe. Antônio de Aguiar Pereira, SAC
Palotino da Paróquia da Divina Misericórdia RJ

A Fé em Deus

O conceito de Deus vai muito além do mundo racional da ciência. Na verdade, só podemos conhecê-Lo realmente através da experiência mística. Por T. Byram Karasu (*)

A mente percebe o mundo com os cinco sentidos do corpo, vive e gera valores e julgamentos baseados no domínio do tato, da audição, do gosto, do olfato e da visão. No Evangelho de Tomé, Jesus diz que seu papel na vida era afastar os discípulos do paradigma dos sentidos:

Dar-lhes-ei o que nenhum olho já viu e o que nenhum ouvido escutou, o que nenhuma mão tocou e o que nunca ocorreu ao pensamento humano.

O que se esconde por trás do discurso científico baseado nos cinco sentidos e em uma mente? É um poder que está fora das fronteiras da ciência, além do entendimento da mente humana, um poder que pode abarcar tudo. Aqueles que atribuem aos pesquisadores a única fonte da verdade estão se privando desse poder. Os cientistas são limitados por seu papel científico. Afinal, deles se exige apenas que coletem dados sobre certo assunto e construam hipóteses para explicá-lo. No entanto, os dados que se dispõem a explorar podem, na melhor das hipóteses, representar apenas uma parte da realidade. Eis algo típico da pesquisa científica: ela não é planejada para examinar todas as formas maravilhosas e deslumbrantes da experiência humana. A ciência só aceita o que pode validar. Não pode explicar tudo. A idéia esquiva de Deus, em contraste, tem a extraordinária capacidade de explicar tudo: abrange não só o fenômeno mensurável, mas aquele sentido pessoal e subliminarmente, que pode até incluir revelações só comunicadas através de canais espirituais ou místicos. Diferentemente da ciência, o conceito de Deus se estende além do mundo tangível dos cientistas.

Não se pode encontrar Deus com a razão da mente. Confiar na contemplação nos leva a ele. Eu me arrepiei quando li a história que se segue, contada por Noah benShea:

Um homem dirige seu carro rápido demais em um perigoso desfiladeiro entre as montanhas. O carro cai no precipício, e o homem mal e mal sobrevive se agarrando a um monte de raízes que crescem na encosta da montanha. Balançando-se no espaço, o homem roga a Deus: “Por favor, me ajude. Vou mudar para sempre. Farei qualquer coisa. Por favor, me ajude.”

Deus pergunta para o homem: “Você quer a minha ajuda?”

“Sim”, diz o homem. “Qualquer coisa. Qualquer coisa!”

“Vou ajudá-lo, sob uma condição”, diz a voz de Deus.

“Qualquer coisa.”

“Esta bem”, diz Deus. “Confie em mim e se solte.”

A fé não requer entendimento; na verdade, é até corroída por ele. A fé só precisa de crentes devotos e confiantes; precisa de compromisso firme e fidelidade. A fé é gerada não pelo conhecimento, mas pelo desconhecimento. O conhecimento de Deus não é conhecimento. É uma experiência mística.

A Ausência Física de Deus É a Prova de Sua Existência – No domínio estelar, a luz da estrela mais remota chega por último, e, até a hora em que chega, os seres humanos negam que ela exista. Podemos perguntar: “Quantos séculos um espírito requer para ser compreendido?” Parafraseando Isaac Newton, somos como crianças brincando na praia. De vez em quando achamos uma pedrinha mais lisa ou uma mais bonita do que as outras, enquanto o oceano maior e tudo que ele contém permanece escondido para nós. Nenhuma criança pode compreender esse oceano imenso, as galáxias e além delas, e todas as explicações científicas contraditórias de como tudo aconteceu. A grande explosão (Big Bang) para uma criança é exatamente o que diz ser: uma explosão. Não que signifique muito mais para o restante de nós, adultos.

Toda religião contém contradições e afirmações impossíveis, o que são, na realidade, a essência dela. Como testemunhas disso, repetimos a confissão de Tertúlio: “E o filho de Deus está morto, o que é digno de crença porque é absurdo. E, depois de enterrado, ele se levantou outra vez, o que é certo porque impossível.”

Deus é uma coisa visível não por ele mesmo, mas através de sua criação, do mesmo jeito que átomos não são “coisas” em sua forma atômica, mas um grande número deles colocados juntos repentinamente se torna visível e objeto reconhecível.

Todas as coisas e seres no universo são efeitos de um poder ubíquo de onde se originam, o qual lhes dá suporte e manutenção durante o período em que se manifestam – e para o qual devem finalmente voltar. Essa atribuição de poder a uma força desconhecida e irreconhecível é a crença em Deus.

(*) O texto é um capítulo do livro A Arte da Serenidade, de T. Byram Karasu, lançado pela Editora Arx. Tradução: Irene Maria da Fonseca e Ana Puccini Lara.

A Fé é como o Fogo

No sentido literal da palavra, Fé é como o próprio fogo - não como a brasa, mas como um fogo capaz de assar ou cozinhar qualquer alimento. Procure acender um pequeno fogo e, se preciso for, dê início a essa chama com uma pequena brasa avermelhada capaz de queimar a sua mão. Dê a esse fogo o alimento necessário. Dê-lhe lenha, gravetos, combustíveis etc. Certamente verá um fogo intenso, suficiente para fazer a água borbulhar. Deixe a água por alguns minutos e verá que irá ferver e até mesmo transbordar da vasilha em que estiver contida.

A Fé verdadeira é como o fogo em chamas que, em muitos casos, tem início com uma pequena fagulha, ou mesmo um pequeno palito de fósforo, o que poderá ser a ajuda, ou o socorro de alguém em seu favor. A Fé verdadeira, já ardente, é aquela que, quando corretamente alimentada com os gravetos e combustíveis da vida, poderá fazer queimar dentro de você, ferver o seu Interior e até mesmo transbordar do seu ser, a vasilha que a contiver.

Essa Fé é a fórmula capaz de curar enfermos, de trazer prosperidade e conquistas financeiras, de operar milagres, de manter uma família unida, e de proporcionar felicidade e uma vida de pleno amor e harmonia.

Moisés e a Água

Moisés, no deserto, durante a fuga do povo judeu do Egito, encontrou água entre as rochas e saciou a sede daquele povo. Com certeza, Moisés não bateu simplesmente seu cajado sobre a rocha e, como se tivesse uma varinha de condão, fez a água verter. Isso pode ser interpretado de outra forma. Como creio que alguns milagres nos ocorrem freqüentemente, também acredito que saiu água daquelas rochas, mas não antes do povo começar a quebrá-la até o ponto onde puderam abrir caminho para que a água jorrasse. Deus apenas mostrou a Moisés que ali havia água e Moisés obedeceu, o povo obedeceu.

Lembre-se: " Tudo o que buscas já está ao seu alcance, mas provavelmente os teus olhos procuraram muito além do horizonte".

_ Os caminhos para as nossas realizações são infinitos. Portanto, estenda agora as tuas mãos. Não amanhã, mas agora, neste exato momento!

_ Abrace tudo o que é seu e usufrua esses inúmeros benefícios a partir de agora.

O Poder da Fé

A fé deve ser algo permanente em nossa vida, já que nem tudo se conclui aqui até que terminemos nossa missão ou tarefa a nós destinada. Assim, com certeza, "o sucesso será eminente". Não permita, portanto, que os pontos negativos consumam a sua fé. Torne-a cada vez maior, a ponto de transpor qualquer barreira ou limites.

Pense bem! O exercício permanente da fé é sua condição para torná-la forte, extensa e suficiente para a realização de qualquer negócio, projeto ou idéia. É uma prática vital para a sua prosperidade e felicidade - seja no amor, no círculo de amizades ou na vida financeira. Essa prática serve como estímulo para o crescimento da fé em você. Ela passa de um grão de mostarda ao tamanho ou proporção que você desejar. Aqui, quem determina é você.

Quando seguimos apenas os caminhos que os outros nos indicam, estamos sujeitos a nos viciar nessa fórmula. É preciso que você tenha padrões próprios de vida, o que não significa, porém, que deva abandonar as experiências de outros. No entanto, é preciso que você adquira as suas próprias experiências e que seja portador de padrões, enfim, de vida própria. Você constitui a soma de todas as suas escolhas, e com uma dose suficiente de motivação e esforço, você poderá ser aquilo que quiser. A fé deve ser alicerçada em Deus, e não na sabedoria dos homens. Deus, o Criador, é a força propulsora de nossa vida e nisso consiste nossa fé.

Quando nos permitimos dar ouvidos apenas aos ensinamentos ou críticas dos homens, ou somente aos padrões e experiências de outros, nos esquecemos do verdadeiro propósito de nossa constante busca. Podemos, com isso, perder os rumos que já definidos para o nosso futuro. Aproveite os anos que Deus lhe deu e faça da sua vida o melhor que puder. Use, com sabedoria, todos os seus dons e talentos. Agregue a todos eles os poderes da fé e construa os melhores caminhos:

* de felicidade * de harmonia * de amor * de prosperidade * de entusiasmo * de perdão * de perseverança * de paz * de fidelidade

Saiba que o Altíssimo, em toda Sua sabedoria, lhe cobrirá de bênçãos incontáveis, pois seu interior não conseguirá medir a tamanha grandeza das muitas maravilhas que Ele tem reservado para você. A história seguinte mostra, em detalhes, como você pode compreender melhor essa situação.

As Pílulas da Fé

Um certo farmacêutico, preocupado com o grande número de pessoas que o procuravam em busca da cura para dores de cabeça, teve a idéia de criar uma certa pílula, que ele mesmo chamou de "Pílula da Fé". Assim, cada pessoa que o procurava em busca de um remédio para curar sua dor de cabeça, levava para casa uma dessas pílulas, e a bula dizia: "Tomar apenas após ter certeza de que a sua dor irá parar tão logo você tome a pílula". Era tiro e queda: a pessoa tomava e a dor passava.

A história da pílula correu toda a região. Vinham pessoas de todos os lugares em busca da tal pílula. Certo dia, um cliente com muita dor de cabeça retornou à farmácia para se queixar. Ele levou um vidro de pílulas e as lançou no farmacêutico, dizendo que ele as tomava e que sua dor de cabeça persistia e, muitas vezes, ainda piorava. O farmacêutico, então, perguntou-lhe se ele as tomava quando tinha certeza que queria ser curado, e o cliente respondeu-lhe que não, que ele as tomava porque as pílulas tinham simplesmente que cumprir o seu papel naquele instante. Ah! Que péssima conclusão: ele não seguira a recomendação principal da bula e ainda assim queria ser curado.

Conclusão: É preciso acreditar antes na possibilidade de realizar seus objetivos e tudo aquilo que você já tenha planejado. O importante é acreditar em suas conquistas e resultados positivos, muito antes de se lançar na busca dos mesmos, pois a crença antecipada nos resultados que você deseja alcançar é o caminho mais correto, pois você demonstrará que crê nos resultados do amanhã. Você ampliará sua proporção de fé que, na medida de seu desejo, se tornará grandiosa um dia.